Experiências sensoriais em vivência formativa com professores de inglês

Em cada formação de professores que é aplicada pela Editora Futura, algum tipo de retorno diferente é experimentado pelos participantes. Ainda que o conteúdo seja similar, é fato que as experiências pessoais relatadas nunca são as mesmas.

A professora Isabel Borges pode confirmar isso, com uma sequência de feedbacks interessantes que ela tem recebido por parte dos participantes. Ela conta sobre uma troca emocionante de experiências vividas nas atividades com os professores em Abreu e Lima/ PE. Isabel faz parte do time de pesquisadores e especialistas em Educação do grupo Cuidar de Si que desenvolve o conteúdo das Formações da Editora Futura.

De antemão, a professora já tinha preparado uma intervenção onde fosse possível usar o tato, olfato e paladar. Em um primeiro momento foram disponibilizadas várias folhas e ervas sem as identificações. Algumas secas, outras parcialmente maceradas, mas ainda assim elementos naturais. Cada professor então tinha que tocar e tentar identificar quais eram os sabores disponibilizados ali, apenas através do cheiro ou textura e formato das folhas. O objetivo era despertar os sentidos e aguçar a curiosidade. Ao começar a troca de ideias, alguns professores compartilharam quais lembranças e associações aqueles aromas lhe trouxeram. Memórias da infância, saudades de pessoas queridas, momentos especiais. A atividade se encerrou com a degustação de um chá previamente preparado que foi servido para os professores. Seguindo a mesma linha das experiências sensoriais, os professores já tinham recebido mensagem que orientava-os a levar algum objeto ou brinquedo que representasse sua infância. Houve então um debate com troca de ideias, com base nesses objetos.

COLORIR A JORNADA PESSOAL EM UMA MANDALA

Na sequência da Formação, os participantes também tiveram que pegar no papel e lápis de cor para uma atividade que mescla artes com emoção. A professora propôs a criação de uma mandala onde eles pudessem representar ali fases e fatos da sua vida. Alguns professores se emocionaram ao revisitar momentos marcantes da própria história.

A proposta era construir essa mandala sem conexões com religiões, astrologia e esoterismo, mas sim criar uma arte com representações da suas experiências de vida.

A professora Isabel Borges faz questão de ressaltar que nesse passeio pelas memórias, devemos valorizar tanto os momentos de felicidade quanto os de tristeza. Ambos tipos de lembranças devem nos mostrar o quanto tudo é passageiro e devemos portanto aproveitar ao máximo o aprendizado de cada etapa.

Segundo a formadora, o grupo como um todo teve ótima participação e foi impactado pelas atividades. Mas uma das professoras em especial compartilhou que a atividade da mandala teve uma importância muito grande em sua vida.

Eu não sou apenas os momentos em que minha vida foi quebrada ou foi partida, mas eu sou um todo que está em reconstrução, se reconstruindo diariamente e que tem outras histórias. E a junção de tudo isso é o que me faz ser quem eu sou e me dá perspectivas para ser quem eu quero ser e onde chegar” – explica a professora.

Ela inclusive fez questão de colocar o desenho em um quadro do tipo porta retrato na bancada de sua casa, junto com as fotos de sua família. Ela destaca que nunca sentiu vontade de colocar ali nenhuma foto sua, apenas de entes queridos. Porém, após a atividade ela decidiu colocar a mandala ali como forma de auto retrato (foto).